O NÃO-DEUS
Todos os seres nascem com algo
especial, que embora todos os outros seres nasçam também, são diferentes. o
cosmo é vivo, e sempre estará dirigindo os finais de nossas ações, embora,
temos em cada um de nós uma singularidade especial, a livre escolha de decidir
nossas escolhas e ações, independentemente de nossas predestinações, com isso
aplico que, não busco uma resolução de “livre arbítrio”, mas, uma visão que
todos somos seres modificadores do cosmo, mas nossas escolhas são meras
escolhas mesquinhas de ser, pois, no final dessa trajetória cósmica, seremos
aquilo que sempre fomos um dia. Somos o que somos, somos, ou deveríamos ser
aquilo que cada essência estabeleceu para ser, cada uma de nos somos seres
únicos, somos compostos por um poder cosmológico único, que cabe somente a nos
a existência, pois a existência em outro ser não é existência, é reflexa de uma
existencia, a imitação não existe. O
Não-Deus esta nesse exato ponto, em cada ser, em cada coisa, esta o Deus, o
fato de chamar-se Não-Deus, se refere que esse ser de imensa magnitude não
existe como Deus supremo, que rege seu poder e interfere, e conduz na vida de
todos de forma generalizada, em uma única realidade, um Deus supremo para todos
os seres, não existe.
Se o homem é a semelhança de
Deus, não poderíamos existir, pois, é preciso existir em si primeiro, ser
semelhança de algo que o mesmo próprio o criou, não é um Deus de todos, se não,
todos os seres seriam iguais, pois, estes seriam a semelhança de uma única
criatura. Logo, afirmo que cada ser possui uma singularidade, algo que pertence
somente a cada um, algo que faz esse ser, ser o que sempre foi ou é, um Deus
único, e cada um dos seres são formas únicas e belas do cosmo. Somos a visão de
algo superior, algo único e particular de cada coisa, o Deus vive em cada um de
nós, mas não somos Deus, essa fonte de poder apenas vive em cada de nós, isso
seria o Não-Deus.
O Deus existente é o Não-Deus, essa forma
cósmica vive em si e para si, só então nasce como ser. Para existirmos
precisamos existir como formas únicas, existimos a parti de formas únicas e
belas, o Não-Deus vive em si, somos o Não-Deus, logo, para existimos teremos
que pensarmos como formas únicas, pois, assim somos. Somos criaturas essenciais
para o cosmo, tudo está organizado, dito, e exclamado em um só ponto do
universo, embora não sejamos únicos seres no cosmo infinito, as leis que regem
nesse sistema são as mesmas que regem no outro, pois, o cosmo é infinito e
eterno, o cosmo vive e morre, conclui seu inicio e realiza seu fim, pois este é
eterno. Os seres são representações cosmológicas existentes nessa realidade, a
forma de viver nesse sistema real é diferente do outro sistema, pois, as visões
do real não dependem das coisas, são as coisas que dependem dos planos
cosmológicos que são realizadas.
Tudo tem um princípio, tudo tem
uma finalidade, uma ordem. As coisas não nascem sem passar pelo nada, e o nada
não surge pelo simples fato de querer existir, as coisas existem por uma ordem,
por um principio em busca de sua finalidade. Os componentes do cosmo nascem
pelo fato de morrerem, ou morrem pelo fato de nascerem, ou seja, nada seria se
o inicio fosse apenas o inicio e o fim apenas o fim, tudo cria-se por uma ordem
maior; a saberia do cosmo é infinita, é única.
As respostas da vida e da morte
esta no cosmo, a luta pela indignação do homem com relação a morte é algo
visível desde o inicio dos tempos. Aqui venho deixar, o fato de que ninguém
morre da forma como pensamos que morremos; morremos para nunca mais voltar,
como muitos afirmam; que já se foi nunca mais volta, etc. em meus pensamentos,
isso é uma injustiça com a própria existência, com a própria vida, pois, só
passamos a viver nessa realidade ‘viva’ quando morremos, se não, a morte não
viria a existir, o que seria da morte sem a vida, ou vice-versa. Repito que
nada surge por existir, nada se perde no cosmo para o eterno, tudo esta sempre
na eterna mudança, sempre obedecendo a uma ordem superior.
As respostas do universo (cosmo),
os segredos mais íntimos da vida e da morte encontram-se em cada um dos seres,
os segredos da vida, o segredo da felicidade, o segredo da riqueza, o
verdadeiro sentido da vida, encontra-se em cada um dos seres. Vós sois
responsável pela força e pela fraqueza, vós sois responsável pelo vento que
bate sua face, és o início e o fim das coisas, és tudo e o nada, és a maldade e a bondade, a justiça e a
injustiça, o amor e o ódio; vós és o oposto da singularidade do cosmo, somos
todos componentes formadores de nós mesmos a partir de algo maior, vós és
criatura importantíssima desse cosmo, pois, tudo surge de ti; surges da
materialização de pensamentos de algo equivalente a tudo que és, nasce e
terminas em ti, surges para ser o que é, e o verdadeiro sentido da vida está em
ser aquilo que a natureza cósmica lhe proporcionou. A negação da verdadeira
essência toma como consequência a eterna luta do sentido da vida, a eterna
presença das dúvidas da vida e da morte, é a negação da própria verdade;
negação da própria existência.
A
ESSÊNCIA PRECEDE A EXISTÊNCIA
Não somos folhas em branco
aprendendo algo novo, somos folhas borradas, aprendendo aquilo que um dia
aprendemos, mas esquecemos enquanto forma de essência, seres puros enquanto nós
mesmos, seres sem prisões. Quando retornamos ao ciclo cósmico físico, esquecemos
quase tudo, e o que nos restam são passagens do mesmo lugar, do mesmo tempo,
pois o tempo e o lugar não existem de forma separada, tudo esta no mesmo tempo
e espaço. O que pode vir a ser, já existe, ou esta acontecendo, pois o tempo
cósmico obedece apenas à lógica, a lógica e a instabilidade-estável do próprio
cosmo.
Os seres, ou, as coisas, surgem
pelo valor de sua essência. A essência estabelece o caráter do ser a parte de
reflexões cosmológicas, e isso faria o ser a existir como é, ou devesse ser. A
essência é uma fórmula única que cada ser possui, todos os seres possuem
essência, contudo, no decorrer de sua vida perde-se de seu caminho cósmico e
consequentemente perde seu valor no cosmo.
Os seres sempre buscam ser algo
que não são, buscam uma falsa existência, uma existência secundaria, que por
sua vez, acaba sobrepondo-se sobre a essência original, a existência natural.
Com isso, o homem aprendeu a ser, não pelo fato de querer ser outra coisa, mas
pelo fato que a sociedade é hipócrita.
Toda busca em ser algo que não é,
o ser, como consequência, fica inconformado com sua existência. Mas não a
existência primeira, mas a que ele criou, pois, esta é má, pois, traz consigo
ao mesmo tempo conforto e desconforto, é enganosa e paralelamente o ser é irreconhecível
para si próprio. Os homens fogem de sua própria essência, querem ser algo
‘maior’ que já são, com isso, perdem-se no caminho da hipocrisia. Logo, os
homens que caminham sobre esses caminhos, da falsa essência, não existem e não
possuem valor algum no cosmo, pois, estes seres negam sua essência, logo, negam
sua existência, e somente seres existentes podem influenciar no cosmo.
Os homens podem ter prestígios na
sociedade, pois é poço de hipocrisia. Os seres são formadores da sociedade,
logo, a sociedade não existe. É muito mais fácil existir no outro, pois, este é
a maioria e já é aceito no meio hipócrita, que ser aquilo que a verdadeira
essência estabeleceu para ser. Não se mede o valor dos homens pelos seus bens,
o verdadeiro valor do ser esta em seu caráter.
A essência sempre existiu no ser,
ela forma, ela cria, ela é imutável, a essência faz o ser existir. A essência
precede a existência, pelo fato que não podemos existir dos outros ou para o
outro, pois então, o que seriamos de fato¿ o outro¿ a essência precede a
existência, e, toda forma que queira existir no cosmo deve comportar-se como
forma única de existência, sem influências externas. Contudo, o verdadeiro ser
existente nunca virá a existir, pois, somos influenciados constantemente e isso
nos forma e nos faz existir, mas, isso seria uma existência instável, uma
existência falsa. Logo, a verdadeira existência não esta em negar uma criatura
cosmológica superior, ou ser agrupamentos de experiências da vida, a verdadeira
existência esta em ser tudo aquilo que a essência nos precedeu.
As funcionalidades da existência
de uma criatura cosmológica superior aos seres são fundamentais para o
entendimento de nossa própria existência. A escolha de decidir nossos
entendimentos, atitudes, é um dos fatores máximos disso, pois, a criatura
cósmica superior não nos remete nossas funções como um carpinteiro em relação
ao martelo, mas uma funcionalidade existente e única para cada ser. Temos a
livre escolha de ser o que quisermos, mas a verdadeira essência é eterna.
O Não-Deus, que é o ser superior de nossa existência,
esse ser, existiu primeiro em si e para si, ao eterno, por isso é reflexo da
perfeição e do infinito; nos coisas somos imperfeitos e não eternos, somente
nossa essência, pois, esta é perfeita e imutável. Com isso, o Não-Deus existir
com tal, e sua ordem não é refletida para os outros seres, pois somos reflexos
de outras essências, e portanto, com vontades, formas diferentes, mas, somos
inferiores, não pelo simples fato de sermos inferiores, mas, pelo fato de que não
alcançamos a perfeição através da lealdade de nossa essência; o Deus dos seres
hipócritas não é o Não-Deus, pois este ultimo é a negação de toda hipocrisia
dos homens quando criam o Deus do comércio.
O Não-Deus é Tudo e o Nada; é o
fim e o início; é as trevas e a luz; é a perdição e a salvação; é a esquerda e
a direita; é o ser das estrelas; é o ser
de todo o conhecimento, do útil e inútil; este ser, o Não-Deus és tu! Cada um
de vós! Esse ser é grandioso e capaz de mudar tudo, mas, ser fiel a si mesmo,
primeiro; esse ser dentem todos os segredos do universo, pois esse ser é tudo,
é a luz, é o término do começo, é vós.
O Deus do Homem é o próprio
Homem, pois, cada homem e cada mulher são perfeitos por natureza, a imperfeição
é alcança com o rompimento em ser fiel à essência, esse rompimento é dos Homens,
o rompimento é gerado no caminho de sua vida, logo, o Homem torna-se Deus de si
próprio, tornam-se Deus dos outros Homens; o ser verdadeiro morre nessa
realidade, o Homem matou Deus, pois o Homem quer ser maior; o Homem quer ser
único, o Homem não será eterno por essas razões, mas, o Não-Deus é. Nada por
querer ser, o querer ser não existe, o Querer ser, o Dever, o Servir, não
existem, pois não equivalem a verdadeira essência de sua criação; não queiras
ser aquilo não és; sejas da sociedade, mas, não sejas a sociedade; seja feliz
por querer ser feliz, com motivos que sejam confortantes; não queira ser, seja!
Quando cada homem alcançar a luz
da verdade e for fiel a sua verdadeira essência, este será perfeito e eterno
junto a sua essência, que esta sim, é eterna independentemente das atitudes de
sua criação. - O hipócrita não existe enquanto ser, mas, todo ser existe como
hipócrita.
O VERDADEIRO
PECADO
O pecado não existe, ele é uma
forma imaginária que os seres de má essência criaram para deter o poder. O
poder das coisas sempre foi uma paixão fútil que os Homens sempre quiseram em
seu domínio, a criação do pecado é uma forma de domínio, uma forma de
manipulação em massa, que usa-se a expressão dos sentimentos mais íntimos dos
seres, o medo, a desconfiança, a felicidade, e principalmente a tristeza.
O verdadeiro pecado esta em não
ser; o verdadeiro pecado esta em manipular os outros; o verdadeiro pecado esta
em dizer que Deus é único, e o único caminho para a “salvação”; o verdadeiro
pecado é dizer que somos imperfeitos por sermos nós mesmos; o verdadeiro pecado
é privar o homem das coisas que ele gosta; o verdadeiro pecado é dizer que o
pecado existe.
Os seres transformaram Deus em
uma mercadoria; Deus é uma mercadoria dos Homens, capitalizaram Deus; as portas
do “céu” são pagas; voltamos a idade média; ou melhor, nunca saímos, ou nunca
evoluímos em nós. As religiões são lindas, os Homens são cruéis, e fizeram
delas os seus interesses pessoais, a religião é vendida nos templos, os templos
religiosas funcionam como empresas que seus funcionaram pagam para trabalhar em
busca de nada, pois, o Deus do infinito não necessita dos bens materiais dos
homens, mas, que os homens sejam o que são, e sejam gratos por isso, por sua
existência.
Os homens são hipócritas e tolos,
se dizem saber da verdade máxima, se dizem ser o que nã são, a hipocrisia reina
sobre o mundo. Os líderes religiosos são hipócritas. A igreja pura não
necessita do dinheiro especula humano, pois, tudo vem do ser que rege as leis
no universo. Cristo Jesus, em sua essência ou materializado, nunca necessitou
de templos gigantescos; pregava sua filosofia em lugares simples, para pessoas
simples; não buscava o “dinheiro”, mas a confiança e gratidão dos seres; não
exaltava o nome do criador das coisas em vão, para suplicar por esmolas capitalizadas,
mas sim, por coisas grandiosas, além dos bens dos homens, buscava a sua
confiança e lealdade, esse seria o bem maior que hoje não é aplicado na
prática, pois o poder religioso esta sob domínio dos homens hipócritas.
"Venham, todos vocês que estão com sede, venham às águas; e vocês
que não possuem dinheiro algum, venham, comprem e comam! Venham, comprem vinho
e leite sem dinheiro e sem custo.” (Isaías 55:1).
Os dízimos nas igrejas cristãs são hipocrisias absurdamente aceitas
pelas pessoas, pessoas que não refletem sobre as divinas escrituras, logo, a
enganação torna-se mais fácil. É muito mais fácil enganar os seres quando os
mesmo a sabedoria não os pertencem. O dízimo é imoral, e serve para seres de
baixa reflexão como forma de conforto, conforto de que? Será que se dermos
dinheiro para a igreja, com o velho discurso de manter os luxos da mesma, seria
um discurso aceitável? Será que para divulgar a palavra de saberia é necessário
o luxo, e templo moderníssimos? Os templos religiosos devem-se adequar as
modernidades dos Homens? Sendo que, para o ser Deus, ele é o mesmo desde o
começo ate o eterno.
“Jesus Cristo é o mesmo ontem,
hoje e sempre.” – Hb 13: 8.
Os homens e seus interesses
mudam; a ganância dos homens, em amar o dinheiro e a riqueza, pois, os homens
são mutáveis, mas o senhor do cosmo é imutável, logo, eterno. Pois, o todo
homem e toda mulher que suprir suas necessidades vidando somente o dar em troca
de receber é um tolo, pois, este nunca alcançará a vida eterna.
“Quem
ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará
satisfeito com os seus rendimentos.” (Eclesiastes 5:10).
O Deus do como ou o Não-Deus,
esse ser é eterno e esta em todos os seres, mas nem todo ser esta neste ser,
este ser não é homem nem mulher, esse ser apenas existe, como é.
Devemos buscar a verdadeira
essência de ser, o Deus não hipócrita ou o Não-Deus esta em todo homem e toda
mulher; temos o poder cosmológico do eterno; precisamos encontrar o Não-Deus,
só então seremos imutáveis, pois, não precisaremos de riquezas e cobiças dos
outros, passamos existir em si e para si.
Aqueles que aplicam a existência
em um Deus exterior e superior a cada um de nós, deve ser punido por sua
própria ignorância e hipocrisia, pois, o ser supremo do cosmo, apesar de ser
“supremo”, é supremo em cada um dos seres, logo, somo tão quanto, contudo, sua
existência, e sabedoria é limitada por nós mesmo, por nossa arrogância e
ganancia humana, a nossa hipocrisia e futilidades, características essas que
limitam nossa capacidade de conectividade com nosso próprio ser.
Cada homem e cada mulher são
livres para ser o que sempre foi um dia; cada homem e cada mulher não deve-se
curvar-se para outros homens; cada homem e cada mulher deve obedecer somente a
si mesmo; cada homem e cada mulher tem o direito de ser, e não querer ser; tem
o direito de pedir o que quiser, tem o direito de ter direitos, não coisas
fúteis, mas o que te faz ser, tem o direito de não ir a igreja, tem o direito
de amar quem quiser, tem o direito de odiar quem quiser, tem o direito de
sorrir e ficar triste quando quiser, tem o direito de louvar quem quiser e onde
quiser, tem o direito de escrever o que quiser, tem o direito de duvidar, de
perguntar, de pensar o que quiser; todo homem e toda mulher tem o direito a vida,
têm direito aos seus amores.
texto não completo do ensaio para o existencialismo das coisas de Felipe Kevin Ramos da Silva.



